A fase da infância e da adolescência é cheia de novidades e reviravoltas, representando um grande desafio para os jovens e também para os seus responsáveis. Muitas vezes é difícil saber quais comportamentos são típicos da idade e quais deles são atípicos, sobretudo quando falamos de pais de primeira viagem.
Por esse motivo, é muito importante observar de perto o desenvolvimento do seu filho, para identificar qualquer situação alarmante. Dessa forma, você pode recorrer a um profissional que esclareça as suas dúvidas e intervenha, caso necessário.
Mas, quando procurar um psiquiatra para o meu filho? A resposta para essa pergunta é bem simples! Você deve recorrer a um profissional assim que identificar um comportamento atípico da criança ou do adolescente.
Para ajudar nesse processo, abordamos algumas situações alarmantes que devem ser tratadas com seriedade. Confira!
Quando procurar um psiquiatra para meu filho?
Geralmente, a busca por um psiquiatra inicia quando os pais identificam alguma mudança de comportamento no filho, que interfere no cotidiano da criança e gera preocupação. Mas, além disso, existem outras questões que podem ser um indicativo da necessidade de uma consulta. Confira 8 sinais alarmantes abaixo.
1. Atraso ou antecipação da fala
Normalmente, uma criança começa a falar as suas primeiras palavras claras, como mamãe, a partir do primeiro ano. Aos 6 meses ela apenas balbucia, e aos 9 meses costuma formular palavras bilabiais, como “dada”.
Ou seja, foge da normalidade crianças que chegam aos 2 anos ou mais sem falar, ou aquelas que iniciam o processo muito cedo, entre os 8 e 10 meses. No primeiro caso, é preciso descartar deficiências ligadas à comunicação, antes de investigar mais.
Já no segundo caso, apesar de impressionar, também é necessário procurar por ajuda profissional. Visto que a criança pode apresentar transtornos de aprendizagem, como a superdotação/altas habilidades.
2. Tristeza constante
É considerado um comportamento bastante atípico quando crianças e adolescentes expressam sentimentos de tristeza, desesperança e desespero. Esse pode ser um sinal claro de transtornos mentais, como depressão e ansiedade.
Nesses casos, investigue esse comportamento mais a fundo. Pois, dependendo da situação, a criança ou adolescente precisará ser medicado por um psiquiatra. Outras queixas que devem ser levadas em consideração são a de dores físicas frequentes, sem causa médica óbvia.
3. Dificuldade de aprendizagem
Durante os anos escolares, é comum que a criança tenha uma certa dificuldade inicialmente. No entanto, o aprendizado deve se dar de forma contínua, sem grandes empecilhos.
Visto que problemas ou mudanças no desempenho escolar podem indicar a existência de alguma questão mental, como o déficit de atenção, identificado nos primeiros anos escolares. Já na adolescência, esse comportamento pode indicar um desejo autodestrutivo, que também deve ser investigado.
4. Falta de atenção e Dificuldade de interação social
Você costuma chamar o seu filho diversas vezes e ele “finge” não escutar? Ele não presta muita atenção em brinquedos ou desenhos? A criança parece dispersa quando está no meio de muitas pessoas? Conversa sem olhar nos olhos?
Todas essas situações são alarmantes, principalmente quando operam em conjunto. Portanto, assim que notar dois ou mais comportamentos do tipo, entre em contato com um profissional.
5. Agressividade
Nem sempre os acessos de agressividade em crianças são causados por “birra”, ou para apenas chamar a atenção dos pais. Principalmente quando eles são recorrentes.
Então, ao invés de colocar a criança de castigo, ou fazer todas as suas vontades visando evitar esses acessos, procure investigar a causa deles! Em boa parte dos casos, a agressividade em crianças é o resultado da hiperatividade e da impulsividade.
Duas condições que precisam ser investigadas e tratadas seriamente. Pois, castigar a criança devido a essas crises de agressividade, que podem não ser intencionais, só irá piorar o quadro geral.
6. Alterações na alimentação
A seletividade alimentar é um tema muito abordado dentro da comunidade autista. Então, os pais tendem a associar a seletividade alimentar a esse distúrbio neurológico. Contudo, não é somente o autismo que causa alterações na alimentação.
Questões de processamento sensorial e distúrbios de alimentação, como a anorexia, também devem ser investigadas nesses casos, além da possibilidade do autismo. Assim como transtornos psicológicos, como a ansiedade e a depressão.
7. Transtornos do sono
Os quadros de insônia ou sono excessivo em crianças e adolescentes devem ser um alerta para os pais. Uma vez que não é natural uma criança ou adolescente ter dificuldades para dormir ou acordar.
Portanto, caso não exista nenhuma interferência exterior – como jogar videogame até tarde, pernoitar na TV, ou ler livros até de madrugada – e o seu filho venha apresentando transtornos do sono, procure um psiquiatra.
8. Isolamento social prolongado
Para finalizar a nossa lista sobre quando procurar um psiquiatra para o seu filho, precisamos falar do isolamento social prolongado. Já que crianças e adolescentes passando por questões psicológicas e clínicas podem se afastar de amigos e familiares.
Quando a causa desse isolamento não é identificada e tratada, ela pode agravar sintomas existentes, levando a uma maior deterioração do estado emocional.
Algumas vezes, juntamente com o isolamento social prolongado, a criança ou adolescente pode apresentar bruscas variações de humor, raiva, períodos de irritabilidade ou de tristeza profunda. Esteja atento!
Qual é a diferença entre psiquiatra e psicólogo?
O psiquiatra é um médico com especialização em doenças e condições mentais. Ou seja, a atuação desse profissional é clínica, fazendo o diagnóstico e tratamento desses transtornos. Ele investiga mais a fundo questões psicológicas e doenças mentais, podendo receitar um tratamento adequado.
Já o psicólogo atua de forma mais focada nos processos mentais, tentando entender o comportamento das pessoas por meio das suas experiências sociais e individuais. Dessa forma, o profissional ajuda os indivíduos a superarem traumas, aumentar o amor-próprio, se perdoar, entre outros desafios.
Muitas vezes esses dois profissionais atuam em conjunto, pois o psiquiatra, ao diagnosticar uma doença, pode receitar como parte do tratamento sessões de psicoterapia com um psicólogo. Da mesma forma, um psicólogo pode identificar a necessidade de enviar um paciente ao psiquiatra.
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